terça-feira, 24 de agosto de 2010

Sobre o autor

Nascido em uma família rica, Degas (1834-1917), cujo pai era banqueiro, freqüentou os melhores colégios de Paris e concluiu seus estudos de direito sem dificuldade. Depois inscreveu-se na Academia de Belas-Artes, onde assistia às aulas de Lamothe, que foi aluno de Ingres. Entre os anos de 1856 e 1857, fez uma viagem à Itália, para estudar a obra dos mestres docinquecento. Voltando à França entrou em contato com o grupo de
impressionistas, embora tivesse continuado a se dedicar aos quadros históricos e de gênero. A partir de 1870, interessado nas teorias de seus amigos do café Guerbois, Monet e Renoir, entre outros, fez uma série de quadros de balé, ópera e corrida de cavalos. Todos esses temas lhe permitiram fazer experiências com a cor e o movimento e, principalmente, com a força descritiva do traço, algo que Degas admirava em Ingres.
Nos primeiros quadros, não hesitou em aplicar todas as teorias renascentistas sobre espaço e perspectiva, mas ampliou depois esses critérios, fazendo tentativas com planos e pontos de vista inusitados. O tema principal de suas obras se concentrou nas cenas cotidianas e íntimas do mundo feminino, tendentes à desmitificação da mulher. Isso lhe valeu críticas e o apelido de solteirão misógino.

sexta-feira, 13 de agosto de 2010

A Pequena Bailarina de 14 Anos


'A pequena bailarina de 14 anos' é uma escultura de Edgar Degas feita de cera, o que não era muito comum na época.
A bailarina é representada por uma jovem dançarina chamada Marie Van Goethem. A obra representava os conflitos que ocorriam no mundo da dança, pois Degas conhecia o lado obscuro do universo das jovens bailarinas, uma relação nem sempre muito positiva entre arte e pobreza ou arte e prostituição.
Ela não foi feita exatamente para ser uma escultura ou pintura da época, não era nobre, e até mesmo o material escolhido pelo artista era simples: a cera, ao invés no bronze ou do mármore.
Ao lado das restrições formais e estéticas, a obra “A pequena bailarina de 14 anos” foi motivo de escândalo, pois simbolizava a hipocrisia que ‘escondia’ as intrigas feitas por poderosos através da prostituição exploratória das jovens bailarinas.


"...a posição das mãos, a inclinação da cabeça, o olhar, as pálpebras configuram o caráter, expressam o que a figura sente e o que viveu."